terça-feira, 17 de setembro de 2013

Então eu disse que iria me abrir pro Universo e libertar aquela angústia de amor apegado, que não deixa ir. “Let it go”, disse ele, e na hora de soltar as correntes ele veio até mim como uma coisa inesperada, dessas que a gente só vai entender para-quê(?) vieram quando o relógio já estiver cansado de contar as horas. O que são alguns dias para quem sufocou por uma década? Uma coisa espiritual e carnal sem nos tocarmos, no entanto. Conexão-calor no coração. Uma sexta-feira quente e quando ficou fria ele me emprestou o casaco – eu queria era um abraço. Um presente de encantamento. E eu tentando contornar a vontade de olhos azuis. Uma pinta marrom no canto do olho; reflexo do meu olhar castanho de querer. A pele morena de índio, meu índio da adolescência. Mas o Universo falou comigo, ele disse para não parar de caminhar.

Nenhum comentário: